Tmcel assegura 200 milhões de dólares “em condições muito boas” para modernização e expansão
Moçambique
Telecom SA (Tmcel) quantificou em 350 milhões de dólares norte-americanos
(cerca de 21 biliões de meticais) o investimento que necessita para modernizar
e expandir a sua rede e os serviços de 4G e 5G para voltar a competir com a
Vodacom e Movitel. Mohamed Rafique Jusob, o PCA da Tmcel, revelou que a empresa tem “assegurados 200 milhões de dólares (cerca de 12 biliões de
meticais) em condições muito boas”.
Criada
há pouco mais de 1 anos como forma de assegurar a presença do Estado no
estratégico sector das telecomunicações em Moçambique a Tmcel herdou o ónus de
um passivo de 24 biliões de meticais, acumulados desde 2012 pelas extintas Telecomunicações de
Moçambique (TDM) e Moçambique Celular (mcel).
O
@Verdade apurou que estratégia de revitalização da empresa que surgiu da fusão
da pioneira empresa de telecomunicações no nosso país e da primeira operadora
de telefonia móvel em Moçambique passa pelo investimento na sua modernização e
expansão como forma de poder voltar a competir no dinâmico mercado nacional e
poder gerar receitas para o seu saneamento financeiro a médio prazo.
“Nos
próximos 5 anos as necessidades de modernização e expansão da rede e dos
serviços de 4G e 5G são na ordem de 350 milhões de dólares”, revelou o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Moçambique Telecom
SA.
Mohamed
Rafique Jusob, em entrevista telefónica, revelou ainda que “já temos
assegurados 200 milhões de dólares em condições muito boas”, sem precisar a
proveniência dos fundos.
Porém o financiamento foi conseguido junto do Exim Bank da
China tendo em vista ao seu uso na aquisição de tecnologia e know how de
telecomunicações no país asiático. Em finais de 2018 a gigante Huawei tornou-se
parceira estratégica da Tmcel.
Questionado sobre a exposição da Moçambique Telecom SA à China, pois antes
deste financiamento entre os principais credores da mcel encontram-se as
empresas Huawei e ZTE, Mohamed Rafique Jusob declarou que “neste momento a
China é que oferece as melhores condições técnico e financeiras”.
Efectivamente,
e à parte da polémicas que seus dispositivos seriam usados para espionagem pelo
governo chinês e da guerra comercial com os Estados Unidos da América, Huawei
tornou-se em 2019 no segundo maior fabricante mundial de smartphones com uma
quota de mercado superior a da Apple e próxima da líder Samsung. Ademais a
Huawei lidera o mercado dos serviços de infra-estrutura para redes de acesso 5G
à frente da Ericsson, Nokia, e da Samsung.
Tmcel
herdou património avaliado em 28,9 biliões de meticais
Evitando
entrar em detalhes, afinal a concorrência “não está a dormir”, o PCA da Tmcel
indicou que embora o passivo herdado seja pesada “fruto da reavaliação dos
activos fixos o capital social melhorou substancialmente com o processo de
fusão”.
Fonte:
Jornal @Verdade
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