Filipe Nyusi recomenda eliminação da burocracia aos secretários de Estado
Os
secretários de Estado das províncias devem se distanciar da burocracia,
evitando que os seus gabinetes tenham documentos amontoados à espera de
despacho supostamente porque o titular e todo o seu gabinete foram descansar.
O
desafio foi colocado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no discurso
que proferiu depois de conferir posse a onze secretários de Estado de
província, que vão representar o Estado e o Governo Central nas províncias, à
luz do sistema de governação descentralizada introduzida com a revisão
constitucional aprovada em 2018 pela Assembleia da República.
“Não
aceitem burocracias e não vão para casa deixando uma pilha de documentos para
tratar no dia seguinte. Vasculhem para ver aquilo que tem prioridade. As
províncias não podem ficar encalhadas porque o secretário de Estado não tem
tempo. Têm que ter tempo para resolver os problemas do povo”, disse Filipe
Nyusi.
O
Chefe do Estado acrescentou que a criação da função de secretários de Estado
não visa acomodar pessoas ou distribuir pastas para mais gente, mas sim
obedecer a um comando constitucional no processo de governação descentralizada.
É
nesta perspectiva que apelou aos empossados a evitar a conflitualidade
institucional desnecessária, pois a missão dos secretários de Estado não terá
sucesso se não demonstrarem a imparcialidade e a equidistância necessárias.
O
Presidente da República insistiu que os empossados precisam entender o que
significa representar o Estado na província, para poderem melhorar o seu
relacionamento com os órgãos descentralizados e os governos distritais e
autárquicos, pois representam o Chefe do Estado nesta divisão territorial.
Foram
empossados os secretários de Estado para as províncias do Niassa, Dinis
Vilanculos; Armindo Ngunga (Cabo Delgado); Mety Gondola (Nampula); Judith Faria
(Zambézia); Stella Pinto Novo Zeca (Sofala); Edson Macuácua (Manica); Ludmila
Maguni (Inhambane); Amosse Macamo (Gaza); Vitória Diogo (Maputo); e Sheila
Afonso (cidade de Maputo), que também goza do estatuto de província.
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