Boris quer tornar Reino Unido "parceiro favorito" dos países africanos
O
primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, quer tornar o Reino Unido o "parceiro
de investimento favorito" dos países africanos, mensagem que vai
transmitir aos 16 líderes presentes numa cimeira, esta segunda-feira em
Londres.
Num
discurso de abertura, o chefe do Governo britânico vai promover o conhecimento
e experiência em tecnologia limpas, infra-estruturas e serviços financeiros
para ajudar o continente a crescer economicamente de forma sustentável em
termos ambientais.Nesse sentido, vai anunciar o fim do apoio do Reino Unido à
exploração de carvão térmico ou de centrais de energia a carvão em países em
desenvolvimento, e defender a transição para energias renováveis, refere uma
nota do gabinete de Boris Johnson.
Na
primeira edição da Cimeira de Investimento Reino Unido-África estão representados
21 dos 54 países africanos, incluindo os presidentes da Costa do Marfim,
República Democrática do Congo, Egipto, Gana, Guiné, Marrocos, Nigéria, Quénia,
Maláui, Mauritânia, Ilhas Maurícias, Ruanda, Senegal, Serra Leoa e Uganda.
O
Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, vai interveio no painel
"Oportunidades de Crescimento em África" e presidirá hoje uma
mesa-redonda sobre Moçambique, além de ter previstos encontros bilaterais à
margem da cimeira, nomeadamente o príncipe Harry, a secretária de Estado das
Forças Armadas, Anne-Marie Trevelyan, o ministro para o Desenvolvimento
Internacional, Alok Sharma, e o primeiro-ministro das Ilhas Maurícias, Pravind
Kumar Jugnauth.
Na
cimeira vão também participar o presidente da União Africana, Moussa Faki,
dirigentes de empresas como Standard Bank, Vodafone, BP, G4S ou Associated
British Foods, além de outros membros do Governo britânico, como a ministra do
Comércio, Elizabeth Truss, e a ministra da Economia, Andrea Leadsom.
O
Governo britânico quer fazer do Reino Unido o maior investidor estrangeiro em
África até 2022 entre os membros do G7, que inclui também Canadá, França,
Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos da América.Mais de 2.000 empresas
britânicas operam actualmente em África, cujo investimento é estimado em 36 mil
milhões de libras (42 mil milhões de euros).Porém, segundo a consultora Capital
Economics, isto implicaria inverter a tendência de recuo do investimento
directo no continente, que caiu 23% entre 2013 e 2017, colocando o Reino Unido
abaixo dos EUA, além da China e da União Europeia a 27.
A
cimeira em Londres, que se vai realizar num hotel da capital britânica, vai
culminar com uma recepção no Palácio de Buckingham, que o príncipe William e a
mulher, Catherine, vão oferecer em nome da Rainha Isabel II. (RM)
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