O caminho da reconciliação requer paciência e confiança, afirma Papa Francisco em mensagem enviada ao Presidente da República



O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, recebeu uma mensagem do Papa Francisco, alusiva ao Dia Mundial da Paz, que se celebra a 1 de Janeiro, com o tema “A paz como caminho de esperança, diálogo, reconciliação e conversão ecológica”.
Na sua mensagem, o Santo Padre, refere que, a paz é um bem precioso, objecto da nossa esperança; onde aspira toda a humanidade. Depor esperança na paz é um comportamento humano que alberga uma tensão existencial. Assim, a esperança é uma virtude que nos coloca a caminho, dá asas para continuar, mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis.
A nossa comunidade humana traz na memória e na carne, os sinais das guerras e conflitos que têm vindo a suceder-se com crescente capacidade destruidora, afectando especialmente os mais pobres e frágeis. No mundo há muitos homens, mulheres, crianças e idosos que hoje se negam a dignidade, integridade física, liberdade incluindo a liberdade religiosa, a solidariedade comunitária e a esperança no futuro.
A paz e a estabilidade internacional são incompatíveis com qualquer tentativa de as construir sobre o medo de mútua destruição ou sobre uma ameaça de desfazer na totalidade.
Num outro desenvolvimento, o Papa Francisco diz que toda a situação de ameaça alimenta a desconfiança e a retirada para dentro da própria condição. Desconfiança e medo aumentam a fragilidade das relações e o risco de violência, num círculo vicioso que nunca poderá levar a uma relação de paz.
Devemos procurar uma fraternidade real, baseada na origem comum de Deus e vivida no diálogo e na confiança mútua. O desejo da paz está profundamente inscrito no coração do homem e não devemos resignar-nos com nada de menos.
O mundo não precisa de palavras vazias, mas de testemunhas convictas, artesãos da paz abertos ao diálogo sem exclusões nem manipulações. De facto, só pode chegar verdadeiramente à paz quando houver um convicto diálogo de homens e mulheres que buscam a verdade mais além das ideologias e das diferentes opiniões.
Na mensagem, o Sumo Pontífice, afirma que um Estado de direito, a democracia pode ser um paradigma significativo deste processo, se estiver baseada na justiça e no compromisso de tutelar os direitos de cada um, especialmente se vulnerável ou marginalizado, na busca contínua da verdade.
O caminho da reconciliação requer paciência e confiança. Não se obtém a paz, se não a esperamos. Trata-se, antes de nada, de acreditar na possibilidade da paz, de crer que o outro tem a mesma necessidade de paz que nós.
De acordo com Sua Santidade o Papa Francisco, toda a pessoa que vem a este mundo possa conhecer uma existência de paz e desenvolver plenamente a promessa de amor e vida que traz em si. (PR)

Comentários

  1. Os valores éticos apresentados são sob a perspectiva filosófica do diálogo ou da coexistência, a qual orienta grande parte dos diversos autores. Pretende retomar alguns valores fundamentais da humanidade e, ao discuti-los, concorrer para ajudar no processo de uma educação orientada para a recuperação do sentido da vida e para o despertar ético de jovens, de adultos e de crianças.
    A situação de desemprego, como é do conhecimento público, geralmente divulgado por meios da comunicação social, o desemprego em Moçambique está a atingir proporções incontroláveis e inaceitáveis.
    Esta situação atinge desde os operários , professores, recém-licenciados, trabalhadores de meia-idade, tanto o sector privado como o publico são afectados.

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