Relação de África-China vai abrandar e depois fortalecer




O director do departamento africano do Fundo Monetário Internacional (FMI), Abebe Aemro Selassie, considerou ontem que a relação do continente com a China passará por um abrandamento, mas depois vai retomar e até se fortalecer.

“As relações financeiras e políticas não vão mudar, mas vai demorar algum tempo para recuperar os níveis de envolvimento, e antevejo que as fortes relações continuem e até se fortaleçam”, respondeu Selassie, quando questionado sobre a relação entre África e China.

Segundo a Lusa, durante a conferência de imprensa virtual para apresentação do relatório sobre as Perspectivas Económicas Regionais para a África subsaariana, ontem divulgado em Washington, Selassie lembrou que “as relações com a China são antigas e não são apenas financeiras, há muito conhecimento técnico e aconselhamento político, que vão desde a construção de estradas e pontes até à transferência de tecnologia”.

A China “é a segunda maior economia do mundo, precisa de investir noutras geografias e África é um importante atractivo destino de investimento, portanto esses laços vão continuar”, previu o responsável.

Na conferência de imprensa, Selassie explicou que algumas economias da região da África subsaariana não chegarão a entrar em recessão económica, mas sublinhou que o sentimento será, ainda assim, de perda.


“As economias que não vão entrar em recessão já cresciam de forma robusta antes da crise, mas um abrandamento para 1, 2 ou 3% vai parecer uma recessão”, disse Selassie, numa referência que serve a Moçambique, que manterá um crescimento de 2,2% este ano, igual a 2019, muito abaixo das taxas perto de dois dígitos que teve no princípio da década passada.

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