Governo atento a desvios do mercado

O GOVERNO adverte que não vai tolerar a especulação de preços dos produtos básicos, sobretudo os destinados à alimentação e higiene, por comerciantes que se quererão aproveitar da implementação das medidas excepcionais de vigilância ao Covid-19 anunciadas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

O Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, visitou, na sexta-feira, algumas unidades industriais localizadas na província de Maputo para acompanhar o nível de produção e produtividade das empresas, depois do que disse não haver razões para pânico,uma vez que o sector produtivo está a funcionar.

“As indústrias nacionais continuam a funcionar dentro da normalidade, não obstante as medidas extraordinárias que tomamos internamente, e mesmo tendo sido notificados casos positivos do Covid-19 em alguns países vizinhos. As nossas empresas continuam a importar”, disse Mesquita.

Na ocasião, o ministro desencorajou o açambarcamento de produtos pelapopulação, considerando não haver razões para este comportamento.

“Conseguimos compreender, da visita que fizemos a algumas unidades industriais, que temos matéria-prima suficiente para continuarmos com o abastecimento regular e normal do mercado durante três meses”, disse.

Afirmou ainda que “é claro que se tem estado a notar mudança de comportamento por parte dos cidadãos, uma vez há muita desinformação a circular em torno da pandemia do coronavírus”.

“São informações que agitam as pessoas e que levam estas a procurar produtos para constituir stocks,e isto provoca um ruído no processo produtivo das empresas”, disse o ministro da Indústria e Comércio.

Segundo ele, mesmo com a preocupação que se regista no país devido ao Covid-19, as empresas visitadas e outras com as quais o Governo tem colaborado garantiram que não irão criar situações que possam distorcer o mercado.

“As unidades industriais também estão a ajustar o seu processo de importação de matérias-primas como forma de continuar a produzir. É importante realçar, principalmente para os cidadãos, que não há necessidade de nos atrapalharmos nem de entrar em pânico, porque as indústrias têm estado, até agora, a produzir e a fornecer produtos normalmente”, garantiu Mesquita.