Saúde espera distribuir 174 milhões de preservativos


UM total de 174 milhões de preservativos poderá ser distribuído no país até 2023, como forma de aumentar o uso deste meio de prevenção do HIV e outras infecções de transmissão sexual.

A meta consta da primeira Estratégia Nacional do Preservativo a ser lançada próximo mês no país, segundo informou Francisco Mbofana, director executivo do Conselho Nacional de Combate àSida (CNCS).

Falando ao “Notícias”por ocasião do Dia Internacional do Preservativo, assinalado a 13 de Fevereiro, Mbofona disse que, até ao ano passado, foram distribuídos 122 milhões de preservativos, o que,segundo ele, não é suficiente para satisfazer a demanda.

“Há uma necessidade urgente de se aumentar a utilização do preservativo em Moçambique. Embora a estimativa da incidência do HIV tenha baixado nos últimos anos, o número de novas infecções por HIV continua elevado, com cerca de 130 mil novas infecções em adultos acima de 15 anos por ano”, disse.

A fonte refere ainda que o tratamento anti-retroviral continua a ser expandindo,mas a cobertura de métodos de prevenção se mantém baixa, particularmente para a profilaxia pré-exposição (PrEP).

“O uso correcto e consistente do preservativo (masculino e feminino) previne a infecção por HIV, evitando também outras infecções de transmissão sexual (ITS) e dando resposta à necessidade não satisfeita de contracepção”.

Mbofana reconhece que,apesar do crescimento nas duas últimas décadas, o uso do preservativo ainda é reduzido em Moçambique. Em algumas populações prioritárias,as taxas de utilização estão 30 por cento abaixo dos países vizinhos e muito longe da meta internacionalmente reconhecida, que é de 90 por cento.

Para a fonte, embora haja progressos em assegurar o fornecimento adequado do preservativo, os recursos internos e externos têm estado cada vez mais a ser focalizados no tratamento e nos novos métodos de prevenção, reduzindo assim o financiamento disponível para actividades de geração de demanda destinadas a ultrapassar as barreiras comportamentais para o uso do preservativo.

Referiu-se também a pouco financiamento disponível para recolher, analisar e disseminar pesquisas e análises vitais para se identificar lacunas na programação do preservativo e, para informar as intervenções necessárias.

Por isso, segundo Mbofana, a estratégia, projectada para o quinquénio 2019-2023, tem como prioridades estratégicas o reforço da gestão e supervisão.

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