MARCELINO DOS SANTOS (1929 - 2020): Herói desceu à cripta após 90 anos de lutas


O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, participou esta manhã, em Maputo, nas exéquias do Herói Nacional  Marcelino dos Santos, cujo programa inclui o velório a ter lugar no Salão Nobre do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, e a deposição, na Praça dos Heróis Moçambicanos, da urna contendo os restos mortais do poeta e revolucionário, falecido a 11 de Fevereiro corrente, vítima de paragem cardíaca.

A realização de um funeral de Estado para Marcelino dos Santos foi decidida em sessão extraordinária do Conselho de Ministros realizada a 13 de Fevereiro corrente, que também decretou um luto nacional de sete dias que termina às 24:00 horas de hoje.

Ontem, os restos mortais de Marcelino dos Santos foram transferidos no Hospital Central de Maputo, onde se encontravam depositados, para o salão nobre do Conselho Municipal de Maputo, onde durante todo o dia foram velados por familiares, amigos, camaradas e público em geral, à disposição de quem foram colocados quatro livros de condolências que foram sendo assinados pelos interessados. .

A cerimónia de hoje inicia com a chegada à Praça da Independência dos membros do Governo, das delegações estrangeiras, membros da Comissão Política e do Secretariado do partido Frelimo, da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) e dos órgãos de soberania, que vão assinar o livro de condolências antes da chegada do Chefe do Estado.

Chegados ao Paços do Município, o Presidente da República e a esposa deverão assinar o livro de condolências, marcando  o início formal do funeral de Estado.

Segundo o programa divulgado pela Comissão Interministerial de Grandes Eventos Nacionais e Estrangeiros (CIGENI), a cerimónia desta manhã será marcada pela leitura de mensagens de familiares de Marcelino dos Santos, dos desportistas, da ACLLN, do partido Frelimo e, por último, do elogio fúnebre a ser proferido pelo Presidente da República, antes da partida do cortejo para a Praça dos Heróis.

O monumento ao heróis moçambicanos foi inaugurado a 3 de Fevereiro de 1979, data em que foram depositados os restos mortais de alguns dos heróis nacionais que tombaram durante a luta de libertação e que tinham sido sepultados na Tanzania, entre eles Eduardo Chivambo Mondlane, Filipe Samuel Magaia, Paulo Samuel Kankhomba, Mateus Sansão Muthemba, Josina Machel e Francisco Manyanga.

Marcelino dos Santos foi proclamado herói nacional ainda em vida, juntamente com Feliciano Gundana, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, a 24 de Junho de 2015, em reconhecimento pelos seus feitos durante a luta de libertação nacional. Na ocasião, o Chefe do Estado disse que o título honorífico é concedido para valorizar os feitos notáveis destes cidadãos pelo contributo raro para a luta de libertação, a coesão da nação, consolidação da independência nacional e a defesa da pátria.

O cortejo fúnebre para a cripta dos heróis nacionais será acompanhado por uma escolta da Polícia da República de Moçambique e duas companhias das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.

Delegações de vários países amigos de Moçambique já se encontram em Maputo para participar no funeral de Marcelino dos Santos, cuja dimensão ultrapassa as fronteiras do país, para África e para o mundo.

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