Nyusi: vamos trabalhar para construir uma sociedade mais inclusiva e continuar a unificar o país
Moçambicanas
e Moçambicanos!
Como
é do vosso conhecimento, os cinco anos que terminam, foram repletos de
desafios. Todavia, a resiliência dos moçambicanos juntos, com a cultura de
trabalho que temos vindo a desenvolver, foram cruciais para a gradual superação
desses desafios.
Não
obstante estas e mais adversidades, Moçambique não interrompeu a regularidade
dos pleitos eleitorais, cumprindo assim a sua obrigação do exercício
democrático.
Nos
princípios deste ano, tivemos o infortúnio, sem precedentes, de sentir as
consequências das mudanças climáticas, quando ciclones violentos se abateram
sobre o nosso país.
Quero,
também, hoje e agora, estender a minha mão aos meus irmãos Ossufo Momade e
Daviz Simango e a todos outros que aderiram ao processo eleitoral num claro
exercício democrático. Nas eleições, foram meus adversários e sei que não
ficarão satisfeitos com os resultados hoje anunciados. Mas, após as eleições,
agora é o momento de unirmos forças para juntos trabalharmos para o bem-estar
dos moçambicanos.
Devemos
criar um sistema político onde todos possam competir, quer a nível nacional,
quer provincial e todos aceitem os resultados e se preparem para as eleições
seguintes.
Assim
fizemos nós quando, ao longo dos anos, não conseguimos conquistar algumas
assembleias provinciais e/ou municípios.
Asseguro
o empenho da Frelimo e o meu pessoal, de trabalhar com todos para criar um
sistema em que a confiança seja a regra de convivência, porque a condição para
o desenvolvimento de económico de Moçambique é o aperfeiçoamento contínuo da
nossa democracia.
Neste
aspecto, Moçambique pode tornar-se uma referência na região, no continente e no
mundo.
Os
Partidos políticos em Moçambique já não podem tentar resolver conflitos através
de meios violentos. Já não há razão de recurso à violência em Moçambique. O
preço da violência é muito alto para o nosso povo e para os próprios mentores.
Neste
sentido, vamos trabalhar para construir uma sociedade mais inclusiva e cada
moçambicano deve ter uma oportunidade igual de obter benefícios do novo país
que juntos vamos construir.
Precisamos
de continuar a unificar o país, pelo que peço a todos aqueles que não votaram
em nós para nos apoiarem nesta empreitada, para juntos podermos superar os
desafios com que nos confrontamos como nação.
Como
o Santo Padre o Papa Francisco, que nos honrou com a sua recente visita ao
país, disse: “Uma cultura de paz implica um desenvolvimento produtivo,
sustentável e inclusivo, onde todos os moçambicanos sintam que esta terra lhes
pertence, onde possam criar relações de fraternidade e de equidade com os seus
vizinhos e todos os que estiverem em seu redor”, exorto a todos os moçambicanos
a juntarem-se ao projecto que é de todos e para todos nós, na consolidação da
paz e reconciliação: Não podemos deixar ninguém para trás! Juntos vamos prosperar
como uma nação!
Este
mandato pode começar num novo Moçambique, um Moçambique em paz.
Assinamos
o histórico Acordo de Paz e Reconciliação e temos, agora, a oportunidade única
de garantir que todos esses homens e mulheres, que estiveram envolvidos nas
hostilidades militares, regressem às suas comunidades e famílias.
Eu,
cidadão Filipe Jacinto Nyusi, continuo e continuarei comprometido com o
processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração da força residual da
Renamo.
Exorto
a todos os meus parceiros neste processo para acelerarmos o passo de modo a
evitarmos manter os nossos irmãos reféns e cada vez mais desesperados.
Eles,
que levam uma vida difícil nas matas, merecem o seu lugar na sociedade, levando
uma vida condigna dando a sua humilde contribuição para o País que também lhes
pertence.
A
comunidade internacional aguarda a celeridade deste processo de modo a libertar
os apoios que têm estado a anunciar.
Fonte: excerto do discurso do Presidente Filipe Jacinto Nyusi após
o anúncio dos resultados pela CNE.
Comentários
Enviar um comentário