Acesso aos serviços para saúde sexual e reprodutiva vai reduzir casos de mortes

A informação foi avançada na manhã desta quinta-feira (05/05) na sala de conferências do hotel girassol, na Cidade de Lichinga, quando dirigia o lançamento oficial do projecto de acesso aos serviços compreensivos para saúde sexual e Reprodutiva.

Vilanculo, destacou que o projecto denominado IPAS Moçambique, de uma organização não governamental e sem fins lucrativos, consiste em reduzir as mortes e as deficiências, resultantes das gravidezes indesejadas e abortos inseguros em Moçambique em geral e Niassa em particular.

O governante salientou que a atenção em saúde sexual e em saúde reprodutiva, é uma das áreas de actuação prioritárias em saúde, tendo acrescentado que os serviços devem ser oferecidos em respeito aos direitos sexuais e reprodutivos.

O dirigente verbalizou que na província de Niassa, as complicações de gravidez e do parto, são a principal causa de morte entre as raparigas de 15 aos 19 anos de idade. Também, revelou que em 2011, mais de 42% das jovens moçambicanas declararam ter tido um filho antes dos 18 anos e cerca de 8 por cento antes dos 15 anos, o que significa  que, metade destas gravidezes foram involuntárias e as complicações do aborto inseguro estão entre as 10 principais causas de admissão de mulheres em hospitais onde se estima que contribuam para pelo menos 11% da taxa de mortalidade materna no país.

Além disso, a violência baseada no gênero (VGB) continua generalizada com mais de 45% das mulheres com idades compreendidas entre os 15 a 49 anos a relatar de terem sofrido alguma forma de violência sexual.

Com esse projecto, espera-se resultados intermediários destas acções, como é o caso de Melhoria da tomada de decisão das raparigas, adolescentes e das mulheres, no acesso ao aborto seguro e legal quando desejado, bem como Redução do estigma, normas e práticas socioculturais nocivas que limitam a tomada de decisões das mulheres e das raparigas em torno dos Direitos de Saúde Sexual e Reprodutiva.

O Conselho de Representação do Estado, liderado pelo Dinis Vilanculo, assegurou que vai continuar, nas suas acções, a privilegiar a abertura para que as organizações não-governamentais nacionais e internacionais apoiem os diferentes sectores de actividade na província, com vista a contribuírem positivamente para o desenvolvimento sustentável e harmonioso.

Nesta acepção, apelou a todos extractos da sociedade, em particular os pais e encarregados de educação, a manter os seus educandos, principalmente a rapariga, no processo de escolarização até a conclusão do ensino geral.Igualmente, apelou a todas organizações governamentais e não governamentais que lidam com a rapariga, que continuem a difundir a mensagem que chama atenção à rapariga sobre a necessidade de capacita-las de modo a fazer sua própria escolha.

Caroline Delany, alta comissária do Canadá para Moçambique, pediu na sua intervenção a colaboração de todos para ajudar as raparigas no sentido de serem determinantes nas decisões dos seus corpos para reduzir a pobreza nas comunidades.

Contudo, Manuela Teixeira representante do Fórum das Organizações Femininas do Niassa, acrescentou que muitas mulheres não conseguem decidir sobre o seu corpo, por questões sócio culturais impostos nas comunidades.


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