“Greve não resolve problema da crise mundial”, defende Secretário de Estado no Niassa

O Secretário de Estado na Província de Niassa, Dinis Vilanculo, defende que a manifestação da população, por subida de preços, provocada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, não resolve os problemas da crise Mundial.

Dinis Vilanculo falava na manhã desta segunda-feira, na abertura do treinamento sobre resolução de conflitos, mediação e diálogo e lobby e advocacia, no âmbito da gestão dos recursos naturais, evento que decorre na sala de reuniões da Messenger Village, uma estância turística situada algures, na cidade de Lichinga.

O treinamento tem como objectivo, contribuir para prevenção de conflitos, preparação e resposta à crises e construção da Paz, através da governação e gestão dos recursos naturais em Moçambique.

Dirigindo-se aos presentes, o chefe máximo da província de Niassa, protegeu que as manifestações da população, viradas para a destruição de bens públicos, não vai alterar o custo de vida enquanto os países detentores de combustível e trigo estiverem em combate.

Vilanculo, recomendou a todos no sentido de abraçarem actividades que visam gerar rendas, como é o caso de produção agrícola para mitigar os problemas da crise no país.

“Não é fechar estrada que vai minimizar o custo de vida no nosso país”, defende Vilanculo. 

No entanto, Agostinho Chiporro, diretor-executivo do Fórum das Organizações Não-Governamentais do Niassa (FONAGN), sublinhou que a resolução de conflitos tem sido uma arma muito importante para a sociedade civil, tendo acrescentado que este seminário, uma vez que envolve a liderança comunitária, devem ser munidos de instrumentos de processo de gestão de recursos naturais.

Por sua vez, Dércio Alfazemia, director de programas, no Instituto de Democracia Multipartidária, verbalizou que a comunidade deve participar no processo de gestão dos recursos naturais para se beneficiar do desenvolvimento das mesmas.   

O treinamento em matéria de resolução de conflitos, mediação e diálogo e lobby e advocacia, no âmbito da gestão dos recursos naturais, termina na quinta-feira desta semana.