Cultura de algodão activa desenvolvimento no Niassa

 

A Sociedade Algodoeira do Niassa (SAN), empresa agrícola pertencente ao grupo João Ferreira dos Santos, que opera há mais de 80 anos naquela província nortenha de Moçambique, e dedica-se à produção, fomento, processamento do algodão caroço e comercialização dos seus derivados, instalada concretamente no distrito de Cuamba, empregando 40 mil produtores.

Elina Judite Massangele, Governadora do Niassa, considera a SAN um catalisador importante para alavancar a economia da província, pelo facto de a fábrica de descaroçamento de algodão adquirir a matéria-prima dos produtores locais, garantindo assistência permanente aos agricultores durante o cultivo e criar condições de vida para a população de forma geral, através dos vários projectos.

De acordo com a governante, a empresa instalou uma pequena oficina de tecelagem que emprega somente mulheres, que aproveitam a fibra descaroçada na fábrica para confeccionar artigos, permitindo que mais pessoas obtenham rendimentos e sejam criados mais postos de trabalho.

Os 40 mil produtores de algodão encontram-se em oito distritos, nomeadamente Cuamba, Metarica, Nipepe, Lúrio, Maúa, Marrupa, Mecanhelas e Mandimba. Estão distribuídos em quinhentos mercados, liderados por um operador que colabora com 500 eco-activistas, com vista ao empoderamento das pessoas do sexo feminino, existindo deste modo 500 mulheres, igualmente, envolvidas no trabalho.

Cristina Senga, gestora de qualidade na fábrica, disse que a empresa tem 75 trabalhadores efectivos e 250 eventuais, e, dentre vários projectos da SAN, destaca-se a preservação do meio ambiente. Para além da produção de algodão, as trabalhadoras são apoiadas a ter uma renda através da recolha de frascos dos pesticidas após o uso e levam-nos à empresa para se fazer a reciclagem, onde ganham dois meticais por cada recipiente recolhido.

Senga enalteceu a estreita colaboração que a empresa tem com o Governo, relativamente ao acesso ao emprego e na resolução das necessidades da população, no âmbito da sua responsabilidade, com maior destaque aos apoios às escolas em material didáctico e em reabilitação, incluindo a alocação do meio de transporte para os produtores.

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