NIASSA UMA RESERVA ESTRATÉGICA QUE ORGULHA NÃO SÓ O PAÍS

No seu discurso, Filipe Nyusi salientou que Niassa não é uma província comum. Chamou atenção para as suas características peculiares e assinalou que aquela parcela se distingue das demais pela sua grandeza, pelas extensas porções de terra arável e outras consideradas virgens, atributos que a conferem um estatuto de reserva estratégica de recursos florestais e faunísticos, que não só orgulham ao país, como também ao mundo.

“Nesta perspectiva, a província de Niassa dá-nos autoridade e inspiração, para nos debruçarmos com propriedade sobre questões ligadas à conservação da natureza e o seu impacto benéfico para o clima e ambiente”, vincou o PR, anotando que foi por isso que o Governo escolheu aquele lugar, para falar aos moçambicanos sobre a conservação da natureza e as mudanças climáticas.

O Chefe de Estado referiu que o desenvolvimento sustentável depende, fundamentalmente, da forma como a sociedade produz e consome os bens e serviço, sendo que, nos diferentes ecossistemas que compõem a natureza, assenta toda a sustentabilidade económica e social, indispensável para a manutenção do bem--estar humano e crucial para a resiliência das comunidades, negócios e meios de subsistência, sobretudo em face de um clima imprevisível.

Nyusi destacou, ainda, que Moçambique tem vindo a desenvolver-se com base na exploração de recursos naturais, dos quais depende a sobrevivência da maioria da população, com o grande desafio residindo no correctouso e aproveitamento da terra, para aumentar a produção e produtividade.

“No espírito tendente a criar os alicerces para o desenvolvimento sustentável, o Governo está a rever políticas e leis que visam ajustar o quadro político legal, como, por exemplo, o processo de descentralização em curso, as novas dinâmicas socioeconómicas do país, de modo a atrair novos investimentos e propiciar o bem-estar da população”, explicou o Estadista, lembrando que, o Executivo lançou a iniciativa presidencial de educação ambiental nas escolas primárias, através da distribuição dos manuais “Turma ambiente” para alunos e “Manual de educação ambiental” para professores, para além de outras acções de promoção ambiental.

Na mesma senda, o PR fez saber que está em elaboração um decreto para o banimento, produção, comercialização e uso do saco plástico e de pneus novos fora do prazo e usados. Outras medidas referidas pelo interlocutor incluem a elaboração do primeiro plano nacional de desenvolvimento territorial, cujo foco é a planificação estratégica do uso de terra, com o objectivo de eliminar as assimetrias regionais do país, a revisão da Lei do Ambiente, que visa definir as bases legais para uma utilização e gestão correcta do ambiente e seus componentes, de modo a induzir o desenvolvimento sustentável do país.

Fonte: GABINFO